sábado, 24 de agosto de 2013

SETES SELOS DO APOCALIPSE.


"...àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio, pelos séculos dos séculos".

Apocalipse 5: 13b.



Apocalipse é um livro de revelações feitas por Jesus. Os capítulos quatro e cinco são preparatórios para o desenvolvimento destas revelações. No sexto capítulo os selos começam a ser abertos. Cristo é o único que tem poder e autoridade para abrir esses selos.

O livro e os sete selos - 5: 1.

O livro dos sete selos é descrito como um rolo selado, ao longo de suas beiradas, com sete selos, dando a entender que estava tão fechado que somente um grande poder seria capaz de abri-lo. Ou, então, o próprio rolo se compunha de sete porções, cada um com seu próprio selo. É o livro das revelações de Jesus Cristo que passamos agora a considerar.

Primeiro selo = O cavalo branco (conquista) - 6: 1-2.

Um homem montado num cavalo branco surgiu em cena. Há duas idéias sobre isto: a) Alguns acham que o homem montado no cavalo branco representa Cristo, 19: 11-16. A cor branca sugeriria a pureza celestial; a coroa, a realeza; o arco representaria o seu modo de vencer os inimigos. O cavalo representa guerra, violência, tragédia, etc.; b) Outros, julgam ser este homem o Anticristo, que imitará o verdadeiro Cristo com uma falsa pureza, falsa paz, usando seu arco, v. 2, um instrumento de longo alcance. Ele tentará persuadir todas nações. O texto diz "saiu vencendo e para vencer". Cristo, porém, já venceu e é vencedor, 5: 5. Glória a Deus!

Segundo selo = cavalo vermelho (guerra) 6: 3-4.

Este segundo selo mostra um cavaleiro mais pomposo. Nada disse. Apenas cavalgou e permitiu que a cor de seu cavalo o identificasse. Foi-lhe concedido "tirar a paz da terra e levar os homens a se matarem uns aos outros". Vermelho é a cor do sangue, dando a entender derramamento de sangue. O sangue chegará até os freios dos cavalos, 14: 20.

Terceiro selo = o cavalo preto (fome), 6: 5-6.

Aberto o terceiro selo identificando o terceiro cavaleiro como sendo a fome. Nos tempos de guerra, escasseia o alimento e ele é racionado e pesado para cada família. Os preços dos gêneros de primeira necessidade se elevam assustadoramente; o preço do trigo para o pão; do óleo; do vinho, etc. A fome sempre vem na esteira da guerra. Jesus já havia predito isto: "haverá fome", Mt 24: 7.

Quarto selo = o cavalo amarelo (pestilência), 6: 7-8.

Um cavalo amarelo, pálido, entra em cena como uma figura hedionda. Seu nome é morte; e o Hades, a região dos mortos, vem atrás dele para apanhar sua presa. Foi-lhe dado o poder sobre a quarta parte da terra, podendo matar seus habitantes por todos os modos concebíveis. A peste sempre vem depois da guerra e da fome. Ele pode destruir mais vidas do que a própria guerra ou fome. Consegue deixar forte impressão de horror.

Tudo o que foi apresentado - a conquista militar, a guerra, a fome e a peste - são manifestações da ira do Cordeiro, Ap 6: 16-17, sobre os homens que ficarem na Grande Tribulação.

Quinto selo = o lamento dos mártires, 6: 9-11.

Na abertura do quinto selo, a cena se modifica. Até aqui vimos os meios pelos quais Deus exercerá seu julgamento. Agora, veremos a razão desse julgamento. Debaixo do altar, João vê "as almas dos que foram mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram". O altar é o lugar onde podemos aproximar de Deus; lugar onde Deus vem ao encontro das necessidades humanas. Quem são esses mártires? Possivelmente os judeus, juntamente com alguns crentes gentios, que serão levados a crer devido ao súbito desaparecimento da Igreja, Ap 3: 10; 1 Ts 1: 10.

Simbolicamente, esses mártires clamarão para que se vingue o sangue deles que foi derramado. Mas isto é um símbolo. Este parágrafo reflete a necessidade moral do julgamento. Deus não seria um Deus justo se deixasse sem vingança males tão grandes. A cada um deles se conferiu um vestido branco, símbolo de sua vitória e pureza, e se lhes diz que tenham paciência, pois o tempo ainda não está maduro para a retribuição de Deus; há outros que ainda irão sofrer como eles.

Sexto selo = terremoto e julgamentos, 6: 12-17.

O texto fala do escurecimento do sol, a lua tornando-se em sangue, estrelas caindo do céu, ventos fortes, gentes de todas classes sociais escondendo-se em cavernas e rochas e clamando às montanhas que caiam sobre elas e assim as escondessem do rosto d'Aquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro. Ainda não está representando neste texto o juízo final. Apenas é um julgamento temporal por meio de calamidades naturais. Estes acontecimentos também se referem ao período da Grande Tribulação, Mt 24: 21; Ap 7: 14; Dn 9: 27, ultrapassando qualquer coisa que a natureza jamais viu semelhante.

Os cento e quarenta e quatro mil selados, 7: 1-17.

Na visão do capítulo 7, João viu quatro anjos, que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatros ventos que simbolizam a retribuição divina. Também viu outro anjo que subia da banda do sol nascente. Trazia o selo de Deus que indica posse e proteção, nas frontes dos judeus, 144.000, que se converterão no meio da Grande Tribulação com um grupo de gentios, v. 4-9.

Os pós-tribulacionistas (crença de que a Igreja passará pela grande Tribulação), asseguram que os 144.000 representam o Israel espiritual, a própria Igreja que será marcada por Deus para não sofrer na Grande Tribulação. Portanto, não queremos ser arbitrários em afirmar que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Nesta ocasião, estaremos nas bodas do Cordeiro, Mt 25: 1-13; Ap 19: 9. A partir do v. 9-17 percebemos os mártires sendo recebidos de vestiduras brancas, alvejadas no sangue do Cordeiro, diante do trono de Deus, não mais na terra, e servem a Deus continuamente.

Sétimo selo = o silêncio no céu e o incenso, 8: 1-5.

O silêncio no céu tem sido interpretado de várias maneiras: simbolizando o juízo dilatado, ou delongado e dramático. Simbolizando também um período de suspense, de expectativa, pelas coisas que ainda iriam acontecer. Simbolizando também o momento em que os salvos, quando chegarem ao céu, ficarão perplexos, vislumbrando, atônitos as belezas daquilo que os olhos jamais viram, 1Co 2: 9. O incenso da vitória, 8:3-5, refere-se às orações de todos os santos. Toda a cena dos versículos 3, 4 e 5 é um prelúdio das Sete Trombetas que começam a ser ouvidas.

Conclusão

Agonizante será para aqueles que não subirem no arrebatamento, pois terão de contemplar todos estes flagelos durante sete anos, Dn 9: 27; Ap 11: 23. A Igreja, porém, estará nas Bodas do Cordeiro, participando do Grande Casamento entre o noivo e a noiva, Ap 22: 17.

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